O país das maravilhas

Francisco Botelho escondia as suas vítimas num curral, obrigava-os a trabalhar no campo, não lhes pagava, ameaçava-as com armas de fogo, batia-lhes com paus e não as alimentava.
Em tribunal, perante os crimes de sequestro, escravatura e maus tratos, escapou inocentemente por ter mais de 65 anos.
Os juízes afirmaram que os factos anteriores relatados ficaram provados, mas o arguido conseguiu provar que antes de espancar as vítimas pedia-lhes "com licença" e que quando fechava a porta do curral sem lhes dar de comida, despedia-se sempre com um simpático "até amanhã se Deus quiser".
Realmente, um indivíduo com este nível de educação, não merecia a cadeia.