Gostei da maneira hospitaleira como os administradores da Vicaima receberam os jornalistas, que cobriam uma acção da Greenpeace e da Quercus contra a importação de madeira ilegal, à porta das instalações da empresa.
Bater numa câmara de filmar é, muitas vezes, a resposta ao direito à informação. Mesmo assim, considero-o como um dos actos mais imbecis que se podem praticar.
Em primeiro lugar, a culpa pode não ser da máquina. Está lá um ser humano por trás. Se querem bater, batam no responsável pelo acto e não no equipamento.
Em segundo, parecendo que não, uma câmara de filmar ainda é uma coisa cara. Por norma (excepto o pessoal do SexyHot, mas esses também não são bem jornalistas) as televisões gastam uns trocos para ter uma qualidade de imagem aceitável. Se um gajo acerta uma bofetada na câmara e a tem de a pagar é um dinheirão e nem pode meter a despesa no IRS. Se acerta uma canelada num jornalista, não é nada que um Ali-but e um Aspegic não curem e ainda entra em despesas de saúde.
Finalemte, bater na câmara é ainda mais imbecil se tivermos a certeza que ela está a filmar, porque fica registado de forma multimédia (som e imagem) a nossa agressão. Ainda por cima os juízes dos nossos tribunais têm a mania de acreditar em tudo o que vêm na televisão, o que nos torna num caso irremediavelmente perdido em tribunal.
Em suma, bater numa câmara de televisão é um acto falhado de justiça pelas próprias mãos. É preferível bater num jornalista. Eu até vos posso dar alguns nomes:
- Manuela Moura Guedes - TVI (se lhe baterem eu até pago qualquer coisa...)
- Sandra Felgueiras - RTP (não se pode aviar a mãe, porque as passagens para o Rio ainda são caras, avia-se na filha...)
- Maria João Ruela - SIC (já levou dos Iraquianos e tornou-se heroína em Portugal, pode ser que se levar de um Tuga se torne heroína no Iraque)
Depois não digam que eu não faço nada por vocês...